Suíça, um breve resumo

Antes de iniciar a série de posts sobre a Suíça devia ter feito esta introdução, mas tudo bem, isso não tem muita importância… Aqui, a ordem dos fatores não altera o produto!

Vou começar explicando minha relação pessoal com o país: tenho duas grandes amigas suíças, que conheci estudando fora (ambas da parte alemã da Suíça). Minhas duas estadias por lá foram a convite destas amigas, e por isso tive a grande oportunidade de conhecer tudo com dicas totalmente locais. Isso foi maravilhoso!

Esta última (em Setembro/14) foi a segunda vez minha no país, já havia estado por lá em 2010, em pleno inverno (locais visitados: St. Gallen e a montanha Santïs – quem sabe não viram posts futuros?). Agora, no fim do verão, pude concluir algumas impressões que já havia tido do país naquela ocasião. Vou fazer em um esquema estilo “resumão” para apresentá-las:

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O transporte público é muito eficiente, mega pontual e… confuso! Como disse, nas minhas duas vezes na Suíça me hospedei na casa das minhas amigas e, diferentemente das minhas viagens habituais mega planejadas, não me preocupei com planejamento/estudo de nada! Afinal, elas sabiam os restaurantes e bares bacanas, passeios legais e como se locomover nas cidades. Minhas única preocupação era comprar o ticket (com a ajuda delas, claro!) e seguir o fluxo. Já havia notado isso da primeira vez e isso se confirmou agora, quando percorri todas as principais cidades por lá: é confuso demais! Acho que por ser tão eficiente e ligar cada vilarejo, ele é bastante difícil de se entender… Não é um transporte “turista friendly” como o de Londres, Toronto, Madrid ou até NY (que com dois dias calejando você já consegue ter uma noção de como funciona). Cheguei lá sem entender nada e saí entendendo menos ainda. Devo assumir que o idioma tampouco ajuda (ich spreche kein Deutsch!), porém também não falo holandês e me virei numa boa em Amsterdam… São muitas máquinas, poucos atendentes (em sua maioria com pouquíssima boa vontade), necessidade de validação em auto-terminais, bilhetes todinhos em alemão… Olha que sou bem ligeira e devo assumir que… boiei!

Li diversos posts em que o pessoal comenta sobre o Swiss Pass, mas como não usei, não posso opinar… Estou narrando aqui minha experiência pessoal.

Enfim, minha dica para o viajante a Suíça é: se hospede no centro das cidades, percorra tudo a pé e, entre as cidades, alugue um carro: o país tem ótimas estradas (também super abrangentes), não tem pedágio e as distâncias são curtas. Uma outra opção é reservar os trechos de trem antecipadamente e já chegar no país com os bilhetes: aí não tem erro. Não sei se arriscaria deixar pra comprar por lá…

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Não é a toa que o país é riquíssimo, cheio dos bancos e tal… – eita país caro essa Suíça! Acho difícil falarmos em caro e barato em um blog, afinal cada um vive sua realidade. Por isso prefiro me ater aos valores para que cada um tire sua conclusão. Considerando a cotação do Franco Suíço de turismo, que paguei R$ 2,80 em média na época (set/14), segue abaixo uma breve listagem de preços do país em reais (comprovados em notas fiscais que guardei #viciosevirtudes):

Passe ilimitado de 1 dia de transporte público no país todo – R$ 280,00

Tarifa ônibus público Aeroporto – Zürich Oerlikon (região onde estava hospedada) – distantes 6,6 km – R$ 11,80

Drink em um bar simples (Toro Bar) – R$ 42,00 (podia ser cuba livre, caipirinha, mojito… – não estou falando em nada muito sofisticado)

Café expresso em café/restaurante – R$ 11,20 em média cada

Cappucinno em café/restaurante – R$ 16,80 em média cada

Garrafa 300 ml de água em café/restaurante- R$ 11,80 em média cada

Garrafa de 1 l de água em café/restaurante – R$ 26,60

Pizza individual em restaurante – R$ 84,00

Refrigerante em restaurante – R$ 15,40

Fondue de queijo em restaurante – R$ 71,40 por pessoa

1 x chá em um bar – R$ 18,20 (esse não podia acreditar, gente… Água quente e um saquinho de chá!!!)

Enfim… eu achei tudo bastante caro. Na minha primeira vez no país já havia tido essa impressão, mas como fiquei apenas por um final de semana, não foi algo tão gritante. Agora, quando se fica uma semana… Começa a pesar!

Mas por que tudo tão caro? A resposta é: eles ganham proporcionalmente ao custo de vida por lá. Inclusive isso gera uma baita discussão e preconceito por parte deles quanto a estrangeiros de países vizinhos (alemães, principalmente), que trabalham na Suíça ganhando bastante e vivem na Alemanha, onde o custo de vida é bem menor – eles dizem que os alemães aceitam empregos por salários menores e “roubam” os empregos dos legítimos suíços…

Tá com viagem programada para a Suíça? Prepare o bolso!

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Povo educado, pontual, polido e civilizado. São realmente isso, e a sensação de se estar entre pessoas civilizadas e esclarecidas culturalmente é permanente. A sua individualidade é totalmente respeitada e eles levam isso até a última consequência. E devo dizer que isso me incomodou… Acho bastante delicado julgar um certo povo (não é todo francês que é fedido, nem todo italiano metido, nem todo espanhol é grosso), porém o povo suíço não passa desapercebido. Fui realmente bem atendida em restaurantes em duas ocasiões por lá, e nas duas os garçons eram estrangeiros – até aí tudo bem, nem todo país tem como aspecto cultural a simpatia, a vontade de agradar o visitante, etc. Acontece que sua individualidade é tão respeitada que o trem/metrô não tem som. Ninguém fala nada. Por mais que estejam viajando juntos, as pessoas não conversam nem entre si. Talvez para não “incomodar” os demais passageiros… É um país na verdade silencioso em tudo, os restaurantes, cafés, supermercados. Em alguns momentos me vi em lugares de uma beleza ímpar, porém os achei sem vida. Pesado isso, não? Mas realmente senti isso, que faltou vida em alguns momentos por lá. No geral, achei o povo bastante frio (com exceções, como minhas amigas e suas famílias, etc).

Apenas como exemplo, quase fui agredida no trem. Final de tarde, estava voltando de Luzern em meu primeiro dia inteiro no país, trem lotado, entrou um bêbado. Falando nada com nada, gritando, caindo, batendo nas paredes do trem. Ele começou totalmente aleatoriamente a gritar comigo e com minha amiga. Gritar a um centímetro do meu rosto, eu conseguia sentir seu hálito de bebida alcoólica. Então ele começou a bater na mesa que estava em nossa frente. Com força. Ele estava totalmente alterado e muito agressivo. O trem estava cheio de homens, mulheres, outras pessoas. Alguém o deteu? Alguém chamou algum responsável? Alguém fez alguma coisa? Não. As pessoas simplesmente viravam o rosto fingindo que nada estava acontecendo, para não se envolver. Nunca havia passado por isso em minha vida e estava esperando ele me dar um soco, tapa! Ele começou a andar e fazer o mesmo com outros passageiros quando nós nos levantamos e mudamos de vagão. Fiquei realmente chocada com a indiferença dos demais passageiros (acredito que isso nunca aconteceria no Brasil… Algum homem já o teria pegado pelo braço e o afastado, dando um basta na situação). Segundo minha amiga, ninguém fez nada porque ele efetivamente “não fez nada”. Não tocou em nós. E se alguém fizesse algo, o tirasse dalí, encostasse nele, esta pessoa teria problemas… Resumo: o pessoal ia esperar ele me agredir para então (talvez) fazer alguma coisa para que ele parasse. Este episódio acho que ilustra um pouco o que escrevi sobre a individualidade suíça…

Como comentei, as minhas amigas, suas famílias são pessoas maravilhosas, me receberam muito bem. Provavelmente são exceção total a regra.

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Se eu pudesse resumir em uma foto o país seria em uma que tivesse ao mesmo tempo: flores, lagos, cisnes e torres com relógios (a de cima reúne apenas dois desses – é da pequena cidade de Rapperswil, no lago Zürich, uma cidade apaixonante).

Nada mal, não? É um país de conto de fadas… Esse fato compensa o povo meio indiferente, o transporte confuso e o alto custo de vida/viagem. Literalmente, vale o preço!

É tudo muito lindo (para onde quer que você olhe) e super bem cuidado. Não é um país com uma mega história de revoluções e personagens, praças e museus famosos e tampouco com pontos turísticos marcantes como o Coliseu ou a Torre de Belém. E aí que mora seu charme: é um país de paisagens, com uma geografia espetacular com vales, montanhas, rios, lagos e cidades que estão ali esperando serem descobertas. Por terra ou pela água, é impressionante ver como um país tão pequenino pode ser tão distinto – seja na arquitetura, no povo, no idioma, no estilo de vida. Genebra é aberta, é internacional. Falam francês e gostam da ostentar. Zurich é a São Paulo, cosmopolita mas extremamente tradicional, pouco receptiva e de povo bastante reservado. Appenzell é onde mora o antigo, uma região pacata onde as tradições na produção de queijo e na música são preservadas. Se fossemos comparar, Genebra seria o Rio de Janeiro, Zurich, São Paulo e Appenzell, Minas Gerais.

Eu nunca vi uma água com coloração tão impressionante como na Suíça. São provavelmente mais de 50 tons de azul e verde que você pode ver nos rios e lagos, todos com água cristalina, pessoas nadando, passeando de caiaque. Dá vontade de pular, as margens são muito convidativas.

E as torres nos relógios? Por onde você olha, cada cidadezinha tem a sua torre (na maioria das vezes, verde água) com um relógio. Mais suíço, impossível.

DSC05725Vou fazer um post sobre restaurantes em breve, porém já adianto que é muito saborosa. Os clássicos já conhecidos: raclette, fondue, rösti, bratwurst, são encontrados em quase todos os restaurantes de comida internacional/suíça. Isso sem falar do chocolate (os suíços são o povo que mais consome chocolate no mundo – isso é um dado do Museu do Chocolate da fábrica Frey, que visitei), do müesli e do ovomaltine. Sim, nosso famoso ovomaltine (popularizado no milkshake do Bob’s, humm) é originalmente suíço! E eles consomem bastante o famoso pózinho por lá, sempre nos café há: espresso, cappucinno, latte machiatto e o tradicional ovomaltine!

Eu comi bem durante toda minha passagem por lá, realmente um país com pratos bastante diferentes e saborosos, porém pesados. Por conta do clima bastante frio, todos os principais pratos são bem calóricos. Não que tenha sido um grande sacrifício degustá-los em pleno verão!

Suíça, vale a visita!

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Zürich – TOP 3 passeios pela cidade

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Vou retomar as postagens com relatos da minha mais recente viagem, que incluiu passagens pela Suíça + Alemanha + Holanda. Primeiro destino: Zürich, que foi minha base de viagem pelos 7 dias em que fiquei no país. Apesar de não ser a capital, é a cidade mais populosa (400.000 habitantes) e centro cultural e financeiro do país.

A cidade possui três regiões que são as mais turísticas, vou enumerá-las abaixo. São estes os lugares que se você tiver de 1 a 3 dias na cidade deve visitar para ter uma ideia geral:

1) Bahnhofstrasse – Traduzindo literalmente, é a “rua da estação de trem”, e ela conecta a Hauptbahnhof (estação principal de trem, que também vale a visita – post em breve) ao lago de Zürich. É nela que se concentram as principais lojas, sejam elas de grife (mais próximas ao lago), sejam elas de fast-fashion (mais próximas a estação). Lá também há uma variedade de cafés, restaurantes e hotéis. A Bahnhofstrasse também cruza a Paradeplatz, uma praça onde se encontram alguns pontos de interesse: a primeira unidade da Confiserie Sprüngli, aberta em 1859 (irei falar sobre ela em post futuro) e nada mais nada menos que as sedes do Credit Suisse e também do UBS, os famosos bancos suíços. Não foi o caso de eu abrir uma conta, desta vez pelo menos.

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Hauptbahnhof a noite, o ponto de início (ou término) da Bahnhofstrasse.

2) Rennweg e Lindenhof – bem perto da Bahnhofstrasse, na altura do cruzamento com a Uraniastrasse, esses dois pontos turísticos são facilmente encontrados e valem a visita. Rennweg foi, durante a idade média, a principal rua de Zürich e conserva até hoje as construções tipicamente suíças que hoje abrigam lojas e cafés. O charme se dá pelas inumeras bandeiras penduradas nas casinhas, bandeiras da Suíça e também dos seus 26 cantões (ou, estados).

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Primeira foto com a participação especial da autora deste blog – Rennweg em uma das muitas lojas de souvenir encontradas na região.

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Rennweg – Fachada florida ❤

Bem perto dalí você encontrará facilmente o Lindenhof, espécie de pequeno parque/praça, com uma das mais lindas vistas de Zürich (rio Limmat, Grossmünster, universidade de Zürich, entre outros). Foram encontrados vestígios celtas e romanos neste local que datam de 1.500 AC e indicam que ele foi usado no passado como um forte romano, devido a sua localização estratégica, na parte alta da cidade e com uma vista perfeita do rio Limmat, que desemboca no lago Zürich. Foi lá ainda que, em 1798 os cidadãos da cidade fizeram o juramento à constituição Suíça.

Um ótimo lugar para fazer uma pausa no passeio, relaxar, observar a vista e tirar muitas fotos.

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Um pouco da vista que você tem desde Lindenhof. Sim, o verde da água é desta cor mesmo e há cisnes nadando por toda parte.

3) Por fim, mas não mesmo importante, passeio pela margem leste do rio Limmat até a beira do lago Zürich. Sugiro iniciar o passeio desde a Hauptbahnhof, saindo dela e virando a esquerda. Após cruzar o rio é só começar a descer seguindo o curso do Limmat (mas não se atenha a margem do rio, expore as ruas adjacentes!). Você irá inevitavelmente passar por alguns pontos turísticos/de interesse da mega fotogênica Zürich: o charmoso Motta Café, a beira do rio; Münsterbrücke, ou ponte das catedrais; Grossmünster e Fraumunster, as duas catedrais mais importantes e imponentes da cidade; Quaibrücke, talvez a vista panorâmica mais bonita da cidade; Sternen Grill, restaurante que serve a melhor bratwurst da cidade, eleita por anos consecutivos pela população – post em breve; e Opernhaus Zürich com seu imponente edifício. Tudo isso sem falar do lago Zürich, que por si só já vale a caminhada.

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Algumas fotos aleatórias do que você irá encontrar pelo caminho…

Zürich tem muito mais a se fazer, vou esmiuçar mais frente tudo o que conheci, mas acho que esse post vale para se ter uma ideia geral do que te espera no coração da Suíça. Abaixo, um mapa para que vejam que é tudo muito pertinho, isso é importante: tudo é facilmente percorrido a pé!

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Fonte mapa: Google Maps

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Voltei!

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Depois de um longo inverno – quase quatro anos! – resolvi voltar a escrever este blog (bastante engraçado ler o que você escreveu há quatro anos atrás!). Quando iniciei estava terminando a faculdade e trabalhava na área de hotelaria. A hotelaria abandonei por hora, mas a paixão por viajar, conhecer lugares novos e compartilhar dicas permanece.

Muita coisa mudou, muita coisa acontece em quatro anos, e resolvi voltar porque senti vontade de escrever novamente sobre viagens. Quem sabe agora não divulgo para as pessoas mais próximas? Vou tentar deixar o blog um pouquinho menos amador também.

A parte boa de voltar é: viajei pra caramba nesses quatro anos e conteúdo, por enquanto, não vai faltar!

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Casa Battló

Passeio imperdível para quem é fã de arquitetura e está passando uns dias em Barcelona!

A Casa Battló está localizada em uma das principais avenidas da capital catalã, o Paseo de Gracia, e nada mais é do que uma casa, como diz o nome! Um mini edifício na verdade, como nenhum outro que você já tenha visto na vida! Ela foi construída no final do séc XIX e a sua fachada é interpretada de várias formas, meio esqueleto, meio coral do fundo do mar:

O ingresso é meio carinho (por volta de 15 euros), porém eu achei que valeu a pena! É impressionante, ela é toda diferente, parece que você está no fundo do mar! Há dezenas de salas, salões, escadas, uma varanda, um terraço cheio de mosaico, e até um mini café.

Vale a pena, não vale? Para terminar o passeio com chave de ouro, sugiro dar uma passada no “Il Caffe di Francesco, um café/restaurante localizado pertinho da Casa Battló (não me lembro exatamente onde) para tapear, comer um bocadillo, churros, e muito mais. Uma graça, ótimo atendimento e delicioso. Pelo site (http://ilcaffedifrancesco.com/maine.htm) eu descobri que é uma mini rede! Bom, uma imagem vale mais do que mil palavras né?

Apenas um adendo: a noite a Casa Battló fica lindíssima também! Consegui tirar uma foto de dentro do taxi:

Não é a toa que Barcelona é uma das minhas cidades preferidas…. “Te quiero, Barcelona!”

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Segovia – vale a visita!

Localizada a pouco mais de 1 hora de Madrid, a cidade definitivamente vale a visita! É um passeio de um dia, que não necessita acompanhamento de guia ou qualquer coisa do tipo.

Em Madrid, vá cedinho para aproveitar o dia até a estação de metrô Principe Pio, que também é uma rodoviária. Lá, procure o balcão da empresa La Sepulvedana, que tem ônibus saindo de meia em meia hora diariamente para Segovia e o bilhete custa aproximadamente 14 euros ida e volta. O ônibus é confortável e o tempo de viagem passa rapidinho!

Chegando lá, aproveite para para tomar um café ou comer um bocadillo no Cafe Del Mercado, na própria estação! Ou se preferir, caminhe em direção ao Aqueduto Romano para começar o passeio, e não se preocupe, são apenas uns 5 minutos de caminhada em linha reta e você já estará lá! A cidade é muito fácil de se descobrir, não tem vielas e as ruas são largas e bem sinalizadas.

O Aqueduto de Segovia é antiguíssimo, construido entre os séculos I e II, e atualmente é Patrimônio da Humanidade pela Unesco. O principal monumento da cidade é também gigantesco, com 29 metros de altura e 728 de longitude total e foi construído apenas com a colocação das pedras, sem nenhum tipo de argamassa entre elas. Demais né?

No dia de minha visita havia esse parquinho montado… Vai entender! Enfim, essa construção atrás do brinquedo é um centro de apoio ao turista! Sugiro a visita apenas para pegar um mapa da cidade, que é completo e será bem útil durante o dia. Alí atrás também há uma escadaria que vale a pena a subida (nem são tantos degraus assim, fique tranquilo!) para se ter uma vista belíssima do Aqueduto e da cidade:

Após tirar lindas fotos, o que sugiro fazer é caminhar pela Calle Juan Bravo até a Plaza Mayor, que tem a Catedral de Segovia, toda em estilo gótico. Ela foi construída entre os anos de 1525  a 1577 e é maravilhosa! Fica numa praça charmosíssima que tem ainda um coreto e diversos restaurantes.

Sugiro o almoço no restaurante Made In Spain, bem na praça. Bocadillos, tapas, cervejas, sangria… Tem tudo pra os apreciadores da cozinha espanhola! Os ingressos para a catedral (que também dão direito a entrada no claustro e museu) são vendidos em uma loja na frente da entrada, e custam 3 euros. Mas antes que eu fale sobre o interior da Catedral, se me permitem gostaria de fazer uma sugestão de lugar para NÃO ir quando estiver na Plaza Mayor de Segovia: a confeitaria Alcazar. Quando estive na cidade, estava em grupo de 5 pessoas, e logo após o almoço queríamos provar algo doce e fomos diretamente para a confeitaria, que tem uma vitrine cheia de doces com aparência deliciosa! O preço era algo em torno de 3-4 euros cada e decidimos entrar (havia uma placa dizendo que estava aberta). Após entrarmos, uma senhora que estava no balcão disse que estava fechado, e ao respondermos que havia uma placa dizendo que estava aberto, ela disse “Não importa, vocês não veem que eu estou almoçando? Vão embora, por favor.” e praticamente nos explulsou da loja! Um absurdo né? Claro que, como em muitos países europeus, o costume de fazer a siesta é presente, porém nada justifica a grosseria considerando que estava escrito que a loja estava aberta… Enfim, passem longe da confeitaria Alcazar! A foto abaixo é do Google Street View:

Voltando a Catedral De Santa María de Segovia, essa sim vale a visita, como estava dizendo antes! É gigantesca, tem um jardim muito romântico e super charmoso:

Continuando o passeio, siga pela Calle del Marqués del Arco e cerca de 300m da catedral você estará no Alcazar de Segovia, o castelo da cidade que já serviu como palácio real, prisão, fortaleza, academia militar, entre outros. Dizem que ele é o castelo que inspirou o castelo do logo da Walt Disney, e realmente, eles tem algo em comum!

(fotos: Wikipedia)

Vale a visita, pois ele está muito bem conservado, com os móveis originais e tudo mais! Além da vista para o vale, que no inverno fica assim:

Por fim, abaixo está o mapa com o trajeto a ser feito. Chegando na cidade umas 10h AM e partindo as 17h você consegue ver tudo com tempo de sobra, sendo desnecessário o pernoite. Eu achei Segovia bem mais interessante que Toledo, por exemplo. Aproveitei muitíssimo mais, acho que pela cidade ser mais fácil de se localizar e caminhar.

Por fim, olhem só o mapa com o percurso dos passeios. Não falei que é super simples? E apesar de no mapa parecer bastante para se fazer a pé, do Aqueduto ao Alcazar dá 1km, portanto 2km ida e volta. Tranquilo, né?

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Four Points by Sheraton Curitiba

Certamente a melhor opção de hospedagem na capital paranense, o Four Points by Sharaton Curitiba pensa em cada detalhe. Quarto amplo, balcão para malas, internet wi-fi grátis, café da manhã cortesia, cama dos sonhos… Até a água no quarto é mimo para os hóspedes, afinal, como eles mesmo rotulam na garrafinha “É água, é claro que é cortesia no Four Points!”. Ao chegar ao quarto durante minha estada no começo do mês, vejam só que delícia:

Como cheguei em um domingo, aprooveitei para tomar o Brunch servido no restaurante, logo após o welcome drink do check in. Maravilhoso!!!

O café da manhã também é uma atração a parte, muito completo e com pequenas surpresas servidas a mesa: café gelado, mini pizza, waffle, panquecas… A de chocolate estava divina!

Four Points by Sheraton Curitiba:  Av. Sete de Setembro , 4211 – Curitiba – PR  – CEP: 80250-210 – Fone: (5541) 3340-4000 /Fax: (5541) 3340-4001

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SOL & SOMBRA – Madrid

Bueno, o post anterior dos bares Madrileños me empolgou a falar do primeiro que eu visitei e um dos que eu mais gostei! Chama Sol & Sombra (http://www.solysombra.name/main.html) e está localizado próximo a Puerta del Sol. Há diversas pessoas contratadas para levar turistas em geral para tomar uma “copa grátis” e é facílimo de chegar.

Com bebidas de primeiríssima e ótima seleção musical, o bar está em alta e foi eleito pelo jornal inglês The Guardian como um dos 10 melhores lugares para se ouvir boa música em Madrid. Além disso, ele é muitíssimo bem frequentado, não apenas por turistas, mas principalmente por espanhóis e espanholas.

Fonte Imagens: http://www.solysombra.name/

SOL & SOMBRA – Calle de Echegaray, 18.

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Bebidas grátis em Madrid

No final da semana passada me deparei com a seguinte reportagem do site G1, da Globo.com: Brasileiros viram sinônimo de bebidas grátis no centro de Madridhttp://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/01/brasileiros-viram-sinonimo-de-bebidas-gratis-no-centro-de-madri.html” . Me chamou atenção porque sempre pensei que esse assunto seria um dos primeiros que eu abordaria no blog!

Não por serem brasileiros e ganharem a vida com isso (bem mais do que pagariam aqui!), mas pelo fato de bebidas grátis no centro de Madrid!

O ponto central da cidade é a Puerta del Sol, uma praça bem grande e famosa, com estátuas, um El Corte Inglés gigantesco, uma estação de metrô bonita e várias lojas, etc. Desta praça saem diversas ruas, como raios de sol. Meu programa favorito na noite madrileña era ir para lá, primeiro pelo visual:

Segundo (e principalmente, devo assumir!) que pelos ÓTIMOS barzinhos que se encontram nesta região.

Logo nos primeiros passos que se dá na região, alguém se aproxima para te dando o cartão de algum bar e oferecendo um drink grátis para conhecer a casa. Como estava sempre em um grupo grande, eles se aproximavam e ofereciam descontos em bebidas, promoções de pague 1 e leve 2, mas se der uma chorada ou então pedir mesmo um drink grátis, eles cedem! É impressionante, e não são drinks ruins não! Normalmente são sangrias, mojitos, cervejas ou chupitos (tipo de shot bem forte e doce – foto abaixo), para toda a galera!

Se você aceita ir conhecer o bar, o próprio funcionário te leva ao local e entra com você no bar, já providenciando as bebidas grátis e te oferendo descontos para caso você queira permanecer lá e tomar mais alguma coisa (os preços são bem convidativos).

Os bares seguem o mesmo formato, mas os ambientes são muito diferentes um dos outros. Irei falar deles em um post futuro. Todos seguem o estilo lounge e tem o bar, música alta (mas conversável), decoração impecável e muitas vezes temática e muito espaço de circulação. A idéia é essa mesmo, de ficar conversando de pé, circulando… Com o passar da noite, a música aumenta e vira uma baladinha mesmo!

Especialmente em meus últimos dias, saí todas as noites e não gastei praticamente nada! Você chega em um bar, toma seu drink grátis, fica um pouco, se tiver muito bom pede outro (aproximadamente 4 euros) e depois parte para outro! Cheguei a ir em 4, 5 em uma noite! Demais né? Fica a dica para quem quer se divertir bastante e gastar pouco, ou nada!!!

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O melhor restaurante de Barcelona

Minha primeira dica gastronômica será de uma das minhas cidades favoritas: Barcelona.

Estive por lá em janeiro de 2010, numa viagem com algumas amigas da escola de espanhol que eu estava cursando em Madrid. O engraçado é que combinamos a viagem e reservamos tudo logo na primeira semana do curso, quando tínhamos acabado de nos conhecer! Foi aquela coisa: “nossa, durante minha estada aqui na Espanha eu quero muito ir para Barcelona em algum final de semana….” e daí: “Aé?? Eu também!” “Yo también!”, etc. Fomos em cinco garotas e reservamos tudo pela internet.

O hotel escolhido foi o Medium Abalon Hotel Barcelona – o mais barato e simplório da listagem de algum desses sites de busca de hotéis (do qual já me esqueci do nome!). O valor era bem convidativo e estava a poucos metros da Sagrada Família, por que não?? Foi uma ótima escolha, mas conto detalhes em outro post.

Eu mal imaginaria que o hotel estava era próximo do melhor restaurante de Barcelona, em minha modesta opinião! Próximo não, estava a 50, 60 metros no máximo!

Chegamos pela manhã famintas e logo após nos acomodarmos no hotel, resolvemos sair para bater perna. Demos de cara com o tal TRENCADIS (http://www.eltrencadis.com/)

Era meio-dia e ele havia acabado de abrir. Os funcionários muito amigáveis nos acomodaram no andar de cima, em uma mesa bem grande e redonda. Pedimos todas o prato do dia, algo muito comum em toda a Europa, em que se paga um preço único e tem-se direito a entrada, prato principal, sobremesa e bebida. Se não me engano, o preço do menú del dia do Trencadis naquele almoço de sexta-feira era de 12 euros.

A bebida escolhida foi o vinho, claro! Vinho rojo básico e delicioso, que foi trazido na garrafa e não na própria taça, como é feito em muitos “menús del dia”. A entrada estava maravilhosa e de prato principal pedimos uma paella um pouco diferente, porque ela era preta/esverdeada!

Nunca comi nada igual! Estava deliciosa!!! Não se assustem pelo aspecto:

Não me lembro muito bem do que pedimos de sobremesa, mas provavelmente algo criativo e saboroso, como diversos pratos que vim a provar neste restaurante.

No mesmo primeiro dia, a noite, voltamos para lá para jantar! Cada uma pediu uma coisa, massa, chocolate quente, bocadillo… Eu pedi um bocadillo, lanche na baguette com algum tipo de presunto espanhol. Divino!

Chegar lá é bem fácil, devido a sua localização próxima a Sagrada Família. Basta ir para trás da catedral e seguir a rua que leva ao Hospital de Sant Pau. O restaurante esta localizado a esquerda, bem em frente ao Hospital. Vale a visita!

Trencadis – Calle Sant Antonio MªClaret, nº163-165

PS: A palavra trencadis em catalão significa o tipo de mosaico típico de Barcelona, feito por pedacinhos de azulejos bem juntinhos.

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